Perguntas frequentes



Gostaria de lembrar de que as opiniões expressas aqui são baseadas nos profissionais que me assistiram desde o inicio. Fiz esta lista baseada também em minhas dúvidas pessoais em relação a cirurgia bariátrica. Caso você tenha alguma dúvida que não seja respondida nesta lista, você pode entrar em contato comigo por e-mail (julianemlourenco@gmail.com) e ajudar a cada vez mais pessoas que tenham dúvidas sobre a gastroplastia.

Como tomar a decisão de fazer à bariátrica?

Depois de muito tempo vivendo refém dentro do meu próprio corpo e não me enquadrando mais na minha própria realidade, resolvi mudar. Baseado em querer esta mudança, ter mais qualidade de vida, poder caminhar e não perder o ar, ter mobilidade, auto-estima, melhorar o diabetes, hipertensão e tantas outras vantagens em emagrecer que você deve basear sua decisão.

Como escolher o cirurgião?

Isto é uma coisa muito pessoal, porém vou dar algumas dicas. Pesquise muito todos os profissionais envolvidos, comece pesquisando há quantos anos de experiência e quantas cirurgias este profissional fez. Se tiver indicação melhor ainda. Pergunte, tire todas as suas dúvidas, mesmo que estas lhe pareçam descabidas. E por fim, baseie-se na sua impressão e se aquele profissional passou segurança para você, afinal, sua vida estará nas mãos dele!

Demora muito desde o dia da primeira consulta, até a cirurgia?

Depende de você. Digo isso, pois são inúmeros exames e profissionais a serem consultados. Porém fazer com calma e pés no chão é o segredo para o sucesso. Para mim foram 5 meses de pré-operatório.

Quais os profissionais que devemos consultar e a importância deles?

Primeiro o cirurgião. Alguns deles já têm sua equipe multidisciplinar não necessitando procura fora de seu consultório. Porém claro que podemos escolher profissionais que não são aqueles indicados pelo cirurgião e isso é uma escolha pessoal.  Você deverá consultar com um endocrinologista que pedirá exames para ver seu colesterol e tireóide. Com um clinico geral que te acompanhara no pré e pós cirúrgico, pedindo exames diferenciados. A nutricionista que será no pós seu principal apoio, pois ela se encarrega de fazer com que você tenha toda a alimentação balanceada para um emagrecimento efetivo e por fim o psicólogo que é o profissional responsável pela sua transição de peso. Pode parecer bobagem para quem não fez, mas o psicólogo nos dá a sustentação para que nosso intimo não sofra com as mudanças.

Qual a cirurgia melhor para mim?

Isto é algo muito pessoal. Digo isso, pois todas as técnicas visam o emagrecimento em menor ou maior escala. Em minha opinião uma auto-analise deve ser feita. Deve-se também calcular os riscos, limitações, quadro geral de saúde e disposição a longo prazo.

Quais os tipos de cirurgia exitem? E qual a diferença entre elas?

Existem três tipos básicos de tratamento cirúrgico:

  • Técnicas restritivas
  • Técnicas disabsortivas
  • Técnicas mistas

O que são técnicas restritivas?

São técnicas que limitam o volume de alimento sólido ingerido pelos pacientes. Esta técnica depende da colaboração do paciente no pós-operatório, pois alimentos líquidos podem continuar a ser ingeridos quase no mesmo volume que eram antes da cirurgia e se forem muito calóricos irão atrapalhar a perda de peso.
São técnicas de fácil realização, oferecem riscos mínimos para o paciente, a adaptação e a recuperação são tranquilas, no entanto, a perda de peso alcançada é menor do que com as outras técnicas.

As principais técnicas restritivas são:

  • Cerclagem dentária (em desuso)
  • Balão intragástrico: é colocado no estômago por endoscopia digestiva. Ele causa sensação de saciedade precoce, reduzindo a ingestão de alimentos. Esta técnica demanda reeducação alimentar para obter sucesso. É reconhecida como método terapêutico auxiliar para o preparo pré-operatório.  Após a colocação, o paciente pode apresentar náuseas e vômitos intensos, o que pode levar à retirada do balão.
  • Gastroplastia vertical restritiva de Mason: consiste em "grampear" o estômago criando um pequeno tubo que recebe o alimento. O paciente tem a sensação de plenitude gástrica, pois esta antecâmara gástrica esvazia-se lentamente. O inconveniente é que se o paciente ingerir líquidos ao invés de sólidos, poderá tomá-los em grande quantidade e se forem hipercalóricos, a perda de peso não será alcançada.
  • Banda gástrica ajustável por laparoscopia: é uma prótese de silicone que tem um balão insuflável, por dentro, parecido com um manguito do aparelho de medir pressão arterial. Quando o balão é insuflado ou desinsuflado, aperta mais ou menos o estômago de maneira que pode-se controlar o esvaziamento do alimento da parte alta para a parte baixa do órgão. O principio da operação é semelhante a operação de Mason porém é feita por laparoscopia, ou seja, sem abrir o abdome e pode ser regulada depois, a qualquer tempo, ambulatorialmente. Geralmente, obtém-se uma perda de peso em torno de 20 a 30%, mas depende da cooperação do paciente.
O que são técnicas disabsortivas?

Com elas, o paciente tem mais liberdade de comer maior quantidade de alimentos, já que não há grande diminuição do estômago. É feito um grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso. Há necessidade de controle mais rigoroso dos distúrbios nutricionais que essas técnicas podem causar.

Existem três técnicas disabsortivas mais conhecidas:

  • Cirugia de Payne: é um desvio intestinal grande sem mexer no estômago. Pode levar a distúrbios nutricionais muito acentuados. Por ser uma cirurgia tecnicamente simples, ela é realizada em um primeiro tempo para que o paciente perca algum peso, para depois fazer outra cirurgia definitiva. É utilizada somente com critérios rigorosos.
  • Derivação bilio-pancreática ou cirurgia de Scopinaro: consiste em retirar uma parte do estômago, fazendo com que o paciente coma um volume menor porém satisfatório, associado a um "desvio intestinal". Habitualmente a vesícula biliar é retirada neste procedimento, já que quase 90 % dos pacientes podem apresentar pedras na vesícula durante o processo de emagrecimento. Os pacientes apresentam uma perda de 40% do peso total.
  • Derivação Bilio-pancreática com Duodenal Switch ou cirurgia de Hess: é realizada uma ressecção longitudinal do estômago, preservando a sua anatomia e fisiologia básicas. Uma pequena porção do duodeno (primeira porção do intestino delgado) também é preservada, contribuindo para melhor absorção de nutrientes como proteínas, cálcio, ferro e vitamina B12. O que não acontece nas outras cirurgias para perda de peso. Vem sendo considerada uma evolução das cirurgias bariátricas. O alimento segue por um caminho, enquanto os sucos digestivos (bile e suco pancreático) seguem por outro. Encontrando-se apenas a 100cm de acabar o intestino delgado. Isto inibe a absorção de calorias e nutrientes levando ao emagrecimento. Esta  perda de peso é consistente e duradoura. Estudos recentes comprovam que a qualidade de vida dos pacientes submetidos a este tipo de procedimento é mais satisfatória a longo prazo.
Todas as cirurgias disabsortivas têm riscos e complicações a curto e a longo prazo. É muito importante discutir com um médico estas complicações e o que pode ser feito para preveni-las.

 O que são técnicas mistas?

São aquelas que associam as técnicas restritivas com as disabsortivas, ou seja, fazem uma limitação ao volume de alimento sólido ingerido e um desvio menor no trânsito do alimento no trato gastrointestinal. A mais usada atualmente é a gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux. É também chamada Capella ou Fobi-Capella, foi desenvolvida por cirurgiões e, além da restrição causada pela diminuição do volume do estômago, ocorre uma pequena disabsorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado.


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