segunda-feira, janeiro 23


O mundo na sala de espera...

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O ano de 2011 ia se passando e cada subida na balança era um kg a mais que acumulava.  Acabei me isolando, não saindo mais de casa e nem ao menos para falar com os meus amigos. Sentia-me feia, enorme, desajeitada e peguei a mania horrível de ficar me justificando pelo peso que estava, como se eu tivesse que justificar isso a todo o momento para mim e para as pessoas do meu convívio. Aboli os espelhos, não conseguia nem ao menos olhar a minha imagem refletida, pois era uma tortura. Comprar roupas era um verdadeiro martírio, pois você compra aquilo que serve e não aquilo que você gostaria de vestir. Você fica sem estilo, muitas vezes vestindo roupas que nunca vestiria se fosse magra. Comecei também a comprar roupas de tamanhos variados que não me serviam e sapatos de salto alto lindíssimos que jamais usei. Sempre dizia a mim mesma que iria usar tudo aquilo em breve. Cheguei a acumular 12 pares de sapatos nas caixas, mais de 30 peças de roupas que nem entram na minha perna, como se isso fosse me motivar a emagrecer definitivamente. Nada modificou, pois eu continuava a engordar e empilhar sapatos e roupas. Até uma jaqueta caríssima no inverno eu comprei, no tamanho 40 que jamais usei. 
Em uma das consultas de rotina do meu pai com seu neurologista, eu percebi que a secretária dele estava cada dia, mais magra e disposta, o que gerou muita curiosidade de minha parte. Até que um dia não mais segurando a curiosidade resolvi perguntar qual a dieta milagrosa que ela havia se submetido, ela então olhou para mim e disse que não havia milagres e que ela tinha feito a cirurgia bariátrica. Conversamos por um longo tempo e ela me contou que havia feito o by-pass fazia 10 meses e já estava vestindo 38. Uau! Quanta felicidade eu sentia quando ela falava, fiquei super empolgada com aquele testemunho. Ela me incentivou a consultar com o médico que havia feito a cirurgia dela, o Dr. Sergio Pioner e me contou todo o seu processo de emagrecimento. Como ela estava feliz! Magra e super de bem com a vida. Quanto mais ela me contava sobre seu progresso, mais eu tinha a certeza de que seria também bom para mim.
Marquei a consulta com o Dr. Sergio para o mês de dezembro de 2011, porém desta vez pelo convenio da Unimed que havia contratado no mês de maio de 2011. Confesso que estava bastante ansiosa para a consulta, não parava de falar sobre isso e chegava a sonhar durante a noite com a bariátrica.
No dia da consulta cheguei uma hora antes, o que me deu a possibilidade de naquela ocasião conhecer 3 pessoas em fazes distintas, uma que havia feito a by-pass faziam 20 dias e se sentia muito bem, a outra que havia feito o Sleeve gástrico faziam 1 ano e meio e a ultima que iria marcar a data da cirurgia. Conversando na sala de espera, ouvi histórias mil de muita felicidade, porém me fixei muito no que a moça que havia feito o Sleeve me contava. Ela me disse que tinha emagrecido uns 30 kg e que levava uma vida normal sem dumping e que optou por este procedimento por ser menos invasivo e mais tranqüilo que a by-pass. Nossa, sem dumping, seria uma maneira de eu afastar a hipoglicemia que eu tanto tinha medo, pois como contei anteriormente, eu sofri muito com esta condição. Faltava apenas conhecer o cirurgião e sentir se ele passava confiança, diferente do médico anterior que me deixou muito desconfortável com a possibilidade de fazer a bariátrica com ele.


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