O ano de 2011 ia se passando e
cada subida na balança era um kg a mais que acumulava. Acabei me isolando, não saindo mais de casa e
nem ao menos para falar com os meus amigos. Sentia-me feia, enorme, desajeitada
e peguei a mania horrível de ficar me justificando pelo peso que estava, como
se eu tivesse que justificar isso a todo o momento para mim e para as pessoas
do meu convívio. Aboli os espelhos, não conseguia nem ao menos olhar a minha
imagem refletida, pois era uma tortura. Comprar roupas era um verdadeiro
martírio, pois você compra aquilo que serve e não aquilo que você gostaria de
vestir. Você fica sem estilo, muitas vezes vestindo roupas que nunca vestiria
se fosse magra. Comecei também a comprar roupas de tamanhos variados que não me
serviam e sapatos de salto alto lindíssimos que jamais usei. Sempre dizia a mim
mesma que iria usar tudo aquilo em breve. Cheguei a acumular 12 pares de
sapatos nas caixas, mais de 30 peças de roupas que nem entram na minha perna,
como se isso fosse me motivar a emagrecer definitivamente. Nada modificou, pois
eu continuava a engordar e empilhar sapatos e roupas. Até uma jaqueta caríssima
no inverno eu comprei, no tamanho 40 que jamais usei.
Em uma das consultas de rotina do
meu pai com seu neurologista, eu percebi que a secretária dele estava cada dia,
mais magra e disposta, o que gerou muita curiosidade de minha parte. Até que um
dia não mais segurando a curiosidade resolvi perguntar qual a dieta milagrosa
que ela havia se submetido, ela então olhou para mim e disse que não havia
milagres e que ela tinha feito a cirurgia bariátrica. Conversamos por um longo
tempo e ela me contou que havia feito o by-pass
fazia 10 meses e já estava vestindo 38. Uau! Quanta felicidade eu sentia quando
ela falava, fiquei super empolgada com aquele testemunho. Ela me incentivou a
consultar com o médico que havia feito a cirurgia dela, o Dr. Sergio Pioner e
me contou todo o seu processo de emagrecimento. Como ela estava feliz! Magra e
super de bem com a vida. Quanto mais ela me contava sobre seu progresso, mais
eu tinha a certeza de que seria também bom para mim.
Marquei a consulta com o Dr.
Sergio para o mês de dezembro de 2011, porém desta vez pelo convenio da Unimed
que havia contratado no mês de maio de 2011. Confesso que estava bastante
ansiosa para a consulta, não parava de falar sobre isso e chegava a sonhar durante
a noite com a bariátrica.
No dia da consulta cheguei uma
hora antes, o que me deu a possibilidade de naquela ocasião conhecer 3 pessoas
em fazes distintas, uma que havia feito a by-pass
faziam 20 dias e se sentia muito bem, a outra que havia feito o Sleeve gástrico faziam 1 ano e meio e a
ultima que iria marcar a data da cirurgia. Conversando na sala de espera, ouvi
histórias mil de muita felicidade, porém me fixei muito no que a moça que havia
feito o Sleeve me contava. Ela me
disse que tinha emagrecido uns 30 kg e que levava uma vida normal sem dumping e que optou por este procedimento
por ser menos invasivo e mais tranqüilo que a by-pass. Nossa, sem dumping,
seria uma maneira de eu afastar a
hipoglicemia que eu tanto tinha medo, pois como contei anteriormente, eu sofri
muito com esta condição. Faltava apenas conhecer o cirurgião e sentir se ele
passava confiança, diferente do médico anterior que me deixou muito
desconfortável com a possibilidade de fazer a bariátrica com ele.
0 comentários:
Postar um comentário
Seu cometário é sempre bem-vindo!